SOBRE NÓS

O INICIO DAS COISAS

Antes da percepção consciente da realidade, a gente costuma achar que tudo é sonho 
e que as coisas surgem do nada e o inicio da NOAR não é diferente disso.

Esse sistema nos separa, atomiza, em todos os aspectos possíveis, e faz disso mercadoria para consumo. Tudo é, ou será, mercadoria, inclusive a gente, e com isso o que você consome te posiciona enquanto ser nesta sociedade. Qual grupo social você pertence, seus gostos, você.

Na construção do imaginário —e da autoestima,  de um garoto da zona leste de São Paulo, se vestir “bem” sempre foi algo importante, mas também era uma forma de expressão de si, dos gostos, das crenças etc.

Então como se vestir? O que vestir? De quem vestir? Onde colocar a NOAR?

categorias e porquÊs

Nascer como uma marca casual, com inspirações no streetwear, vem da versatilidade que isso representa nas roupas do dia-a-dia e em nosso momento. O streetwear, em especifico, nasce como um movimento que continha roupas pensadas no estilo de vida e cultura consumida nas ruas pelos jovens.

Movimento esse que também se valeu como meio para expressão politica como por exemplo nos anos 90, com Erik Brunetti, (FUCT 1990) e Russ Karablin, (SSUR 1990), usando essas plataformas para tratar de temas como a participação na organização e decisões da sociedade, como também descriminalização do uso de drogas entre outros.

Mostrando assim suas visões de mundo.

nasce a noar

Então, para além do nascimento pelo desejo, pelo sonho, a NOAR nasce também, mas principalmente, do que acreditamos ser uma lacuna, uma necessidade, de contar histórias através das roupas sob nossa visão de mundo. 
Todos os mercados são saturados, mas também não são, essa é uma condição intrínseca ao nosso sistema econômico vigente. E com isso ouvimos muito duas máximas ao longo da vida: 

“tem muita gente no mercado, não vale a pena”
“tem espaço pra todo mundo, persegue teu sonho.”

E é dessa contradição que nasce a NOAR.

Ao perceber e entender as consequências desse fio condutor do sistema, de produzir cada vez em maior quantidade e tentar diminuir cada vez mais os custos dessa produção, acha seu espaço. A NOAR, sem idealismos de mudança sob o sistema atual, tem como missão:

– Buscar a valorização dos pequenos produtores nacionais;
– Fazer negócio com pequenas empresas que tragam dignidade mínima para os trabalhadores que lá estão;
– Provocar reflexão, na medida do possível, no consumidor sobre o processo;
– Exercer um trabalho consciente, que traga prazer em realizar e tentar combater, onde e como possível, a alienação do trabalho;

Sabemos das consequências disso, ter esses ideais,
significará não ter o melhor preço do mercado,
significará não vender em grandes quantidades,
significará ser ridicularizado por sonhar demais,
mas nos recusamos a rebaixar nossos princípios.